O excesso de peso está associado ao desenvolvimento de, pelo menos, 13 tipos de câncer
A obesidade é um problema de saúde mundial e um fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças, entre elas o câncer. Esse foi um dos temas debatidos no III Congresso de Oncologia do Hospital Santa Rita, realizado de 29 a 31 de agosto, no Centro de Convenções de Vitória.
A nutricionista Raiani Spalenza Matos Rocha foi quem abordou o tema. Segundo ela, os mecanismos sobre como o excesso de peso favorece o surgimento de câncer ainda precisam ser esclarecidos, entretanto, já é descrito na literatura que essa condição está associada ao desenvolvimento de, pelo menos, 13 tipos de câncer.
De acordo com o Ministério da Saúde, na lista estão incluídos os tumores de esôfago (adenocarcinoma), estômago (cárdia), pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama (mulheres na pós-menopausa), ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo e possivelmente associado aos de próstata (avançado), mama (homens) e linfoma difuso de grandes células B.
A explicação para essa forte incidência ocorre pelo processo inflamatório provocado no organismo. Ou seja: o excesso de gordura corporal provoca um estado de inflamação crônica e aumentos nos níveis de determinados hormônios, que promovem o crescimento de células cancerígenas, aumentando as chances de desenvolvimento da doença.
Nesse contexto, estratégias que envolvem mudança do estilo de vida são as principais aliadas no combate à obesidade e na prevenção do câncer.